WASHINGTON, 6 ABR (ANSA) – Os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram nesta quarta-feira (6) uma nova série de sanções contra a Rússia em decorrência da invasão à Ucrânia.
As medidas são uma retaliação ao suposto massacre ocorrido na cidade de Bucha, onde as tropas ucranianas encontraram dezenas de corpos de civis nas ruas e em valas comuns após a retirada dos soldados russos.
Em comunicado, a Casa Branca divulgou que as filhas adultas do presidente russo, Vladimir Putin, Maria e Iekaterina, estão incluídas na nova lista de sancionados, bem como a mulher e a filha do ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e outros funcionários do governo.
Além disso, as sanções afetam Sberbank, o principal banco russo, e o Alfabank, apesar de ambas as instituições declararem que as punições não terão impactos significativos em suas operações.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que assinará uma ordem executiva proibindo qualquer cidadão de seu país de fazer novos investimentos na Rússia.
“Eu fui bem claro quando disse que a Rússia pagaria um severo e imediato pelas suas atrocidades em Bucha”, declarou Biden, ressaltando que “as nações responsáveis devem se unir” para fazer com que a Rússia “pague um preço, aumentando seu isolamento econômico”.
O governo britânico, por sua vez, anunciou o congelamento no Reino Unido de todos os ativos do Sberbank, além do compromisso de eliminar neste ano todas as importações russas de petróleo ou carvão.
“Nossa última onda de medidas supõe o fim das importações britânicas de energia russa e mais sanções a empresários, para dizimar a máquina de guerra de (Vladimir) Putin”, informa a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores e pela chanceler britânica, Liz Truss.
As novas punições também atingem as “indústrias estratégicas e companhias públicas”, proibindo as importações de ferro e aço, mais oito empresários, incluindo o bilionário Leonid Mikhelson.
“Com nossos aliados, mostramos à elite russa que não se pode lavar as mãos diante das atrocidades cometidas por ordem de Putin, garantiu Truss. (ANSA)