Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (11), restrições de visto a cerca de 300 guatemaltecos, entre eles uma centena de deputados, e condenaram as tentativas de “minar a democracia” por parte do Ministério Público (MP) daquele país, órgão que tentou anular a vitória do social-democrata Bernardo Arévalo nas eleições presidenciais.

“Os Estados Unidos condenam energicamente as ações antidemocráticas do Ministério Público guatemalteco e outros atores mal intencionados que minam o Estado de Direito na Guatemala”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

As restrições de visto afetam cerca de “300 cidadãos da Guatemala, entre eles mais de 100 membros do Congresso, bem como representantes do setor privado e suas famílias”, informa o comunicado. Essas sanções se dão em um contexto de tensão pelos resultados das eleições presidenciais de agosto, vencidas por Arévalo, que prometeu lutar contra a corrupção no país.

Na última sexta-feira, o MP da Guatemala afirmou que as eleições deveriam ser anuladas, devido a supostas irregularidades no primeiro turno. No mesmo dia, o Tribunal Supremo Eleitoral afirmou que os resultados das eleições eram “oficiais e inalteráveis”, e que Arévalo assumirá a Presidência em janeiro, como previsto.

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