EUA sanciona seis empresas chinesas por não cumprimento de resolução contra Coreia do Norte

EUA sanciona seis empresas chinesas por não cumprimento de resolução contra Coreia do Norte

Os Estados Unidos sancionaram nesta terça-feira (8) seis empresas chinesas acusadas de transportar carvão norte-coreano em violação ao embargo da ONU, seguindo sua ameaça de punir a China por contornar a pressão internacional sobre Pyongyang.

A Coreia do Norte “continua a contornar a proibição da ONU à exportação de carvão, uma fonte crucial de receita que ajuda a financiar seus programas de armas de destruição em massa”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em nota.

Essas sanções “destacam que as entidades da República Popular da China continuam a se envolver em atividades proibidas pelas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, acrescentou o Departamento do Tesouro, que apelou às autoridades chinesas para “aplicar e fazer cumprir” o decisões internacionais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que deixa o cargo em janeiro, encontrou o líder norte-coreano Kim Jong Un em 2018 em uma cúpula histórica em Cingapura, que foi seguida por mais duas reuniões.

A estratégia reduziu a tensão entre os dois países, que estava no auge por causa da ameaça atômica da Coreia do Norte.

Mas as negociações fracassaram rapidamente: Pyongyang pediu o levantamento das sanções, enquanto Washington exigia desnuclearização total antes de aliviar a pressão.

Um dos enviados dos Estados Unidos à Coreia do Norte, Alex Wong, reconheceu esse impasse em um discurso na semana passada, ao apontar para uma autoridade externa: a China, que se tornou o principal adversário da América mais do que nunca.

Wong acusou Pequim de “tentar desfazer o regime de sanções da ONU” contra os programas nucleares e balísticos da Coreia do Norte e de fechar os olhos ao não cumprimento de sua implementação, dando oxigênio à economia norte-coreana.

O emissário alertou que as novas medidas punitivas teriam como alvo “qualquer pessoa ou entidade que contornar as sanções”, “mesmo na China”.

As autoridades chinesas negaram essas acusações, garantindo que o governo Trump foi “sensacionalista”.