Os Estados Unidos impuseram sanções econômicas à quadrilha narcotraficante equatoriana Los Choneros e ao seu líder, Adolfo Macías, também conhecido como “Fito”, informou o Departamento do Tesouro nesta quarta-feira (7).

“As quadrilhas de narcotraficantes como Los Choneros, muitas delas ligadas a poderosos cartéis de drogas do México, ameaçam a vida e os meios de subsistência das comunidades no Equador e em toda a região”, declarou Brian E. Nelson, subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, citado em um comunicado.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), do Departamento do Tesouro, sanciona Los Choneros e “Fito” por “ter participado ou ter tentado participar de atividades ou transações que contribuíram materialmente ou representam um risco significativo de contribuir materialmente para a proliferação internacional de drogas ilícitas ou de seus meios de produção”.

Los Choneros “têm estado envolvidos no narcotráfico no Equador desde os anos 1990 e são um fator-chave da escalada de violência que assola o Equador desde 2020”, diz o Departamento do Tesouro.

Além disso, foram realizadas “operações” de dentro das prisões de todo o país, acrescenta.

Segundo Washington, a quadrilha conseguiu controlar as “rotas-chave do tráfico de cocaína através do Equador”, graças ao apoio do mexicano cartel de Sinaloa, ao qual fornecia, em troca, “serviços de segurança e logística”.

“Fito” é seu membro fundador e o único líder do grupo desde 2020, assegura o governo americano.

Em 2011, o Equador o condenou a 34 anos de prisão por assassinato e tráfico de drogas, entre outros crimes, mas na prisão teve “acesso a telefones celulares e internet, o que lhe permitiu continuar dirigindo as atividades de Los Choneros”, e inclusive publicar um vídeo nas redes sociais desafiando o governo equatoriano, afirma o comunicado.

Como resultado das sanções, todos os bens e participações dos sancionados que estiverem nos Estados Unidos ou em poder ou sob o controle de americanos ficam bloqueados.

O Departamento de Estado mantém, por sua vez, uma recompensa de 5 milhões de dólares (cerca de 25 milhões de reais) por qualquer informação que leve à prisão ou à condenação dos instigadores ou autores intelectuais do assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio em agosto do ano passado.

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