O governo do presidente americano, Donald Trump, anunciou sanções econômicas nesta quinta-feira (17) contra o líder do Tren de Aragua, Héctor Rusthenford Guerrero Flores, conhecido como “Niño Guerrero”, e outros líderes dessa gangue transnacional de origem venezuelana.
“‘Niño Guerrero’ transformou o Tren de Aragua de uma gangue prisional envolvida em extorsão e suborno em uma organização influente que ameaça a segurança pública” em todo o continente americano, afirmou o Departamento do Tesouro em um comunicado.
Washington acusa essa gangue, que Trump declarou ser uma organização “terrorista” global, de estar envolvida em “tráfico ilícito de drogas, contrabando e tráfico de pessoas, extorsão, exploração sexual de mulheres e crianças e lavagem de dinheiro, entre outras atividades criminosas”.
“O governo Trump não permitirá que o Tren de Aragua continue aterrorizando nossas comunidades e prejudicando americanos inocentes”, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, citado no comunicado.
“Niño Guerrero” se destaca entre os sancionados. O Departamento de Estado já ofereceu uma recompensa de US$ 5 milhões (R$ 27,8 milhões) por informações que levem à sua prisão ou condenação.
Os Estados Unidos também têm como alvo o cofundador do grupo, Yohan José Romero, apelidado de “Johan Petrica”, a quem acusam de envolvimento em “mineração ilegal” e de fornecer ao Tren de Aragua “armas de nível militar usadas para controlar as ruas da Venezuela e combater as guerrilhas colombianas”.
Os outros indivíduos sancionados são Josué Ángel Santana Peña, conhecido como “Santanita”, supostamente “envolvido em homicídio, extorsão, bombardeios, terrorismo e roubo”, e Wilmer José Pérez Castillo, acusado, entre outros crimes, de assassinar membros das forças de segurança venezuelanas.
Completam a lista Wendy Marbelys Ríos Gómez, esposa de “Niño Guerrero”, e Félix Anner Castillo Rondón, conhecido como “Pure Arnel”, líder de uma célula do Tren de Aragua conhecida como “Los Gallegos” que operou no Chile.
Como resultado das sanções, todos os ativos e participações dos sancionados que estejam localizados nos Estados Unidos ou que estejam em posse ou controle de americanos serão bloqueados.
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