Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (17), sanções contra sete pessoas que teriam ligação com milícias pró-Irã no Iraque, responsáveis pelos recentes ataques a bases militares americanas na região.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse em comunicado que sancionou seis indivíduos filiados ao grupo iraquiano Kataeb Hezbollah, alinhado ao Irã, e o líder de outro movimento com bases no Iraque que também é acusado por Washington de ter atacado tropas americanas.

O objetivo é enviar uma mensagem ao Kataeb Hezbollah e “outros grupos apoiados pelo Irã de que os Estados Unidos usarão todas as medidas disponíveis para responsabilizar qualquer ator oportunista que buscar explorar a situação em Gaza para seus próprios fins”, disse o subsecretário de Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, em um comunicado.

As tropas americanas no Iraque e na Síria foram atacadas mais de 55 vezes desde meados de outubro, causando ferimentos leves a dezenas de soldados, segundo o Pentágono.

“Seguimos totalmente comprometidos com a segurança e a estabilidade no Oriente Médio e somos firmes nos nossos esforços para interromper estas atividades desestabilizadoras”, reforçou Nelson.

O aumento destas investidas está relacionado à guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, que realizou um ataque feroz no sul do território israelense em 7 de outubro, deixando cerca de 1.200 mortos, segundo autoridades de Israel.

Em resposta ao ataque e à captura de cerca de 240 reféns, Israel tem realizado bombardeios incessantes, bem como ataques terrestres e navais contra Gaza, matando 12.000 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa a região desde 2007.

Os Estados Unidos afirmam que o Kataeb Hezbollah foi treinado, financiado e apoiado por um ramo do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.

Outra milícia iraquiana envolvida em ataques contra tropas americanas, Kataeb Sayid al Shuhada, também recebeu apoio da instituição iraniana, segundo o Tesouro.

Os EUA têm cerca de 2.500 soldados no Iraque e em torno de 900 na Síria como parte dos seus esforços para impedir o ressurgimento do grupo Estado Islâmico (EI).

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