Os Estados Unidos impuseram sanções econômicas a 13 membros e quatro empresas do cartel mexicano de Sinaloa por tráfico de fentanil e outras drogas, anunciou o Departamento do Tesouro nesta terça-feira (7).

A ação, “coordenada em estreita colaboração com o governo do México, incluindo a Unidade de Inteligência Financeira (UIF)”, permitiu sancionar Juan Carlos Morgan Huerta, conhecido como “Cacayo”, segundo o comunicado.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) acusa este líder de gerenciar as operações do cartel no município de Nogales (Sonora, noroeste do México) e supervisionar o tráfico de toneladas de drogas, como cocaína, heroína, metanfetamina e fentanil.

Cacayo, que está foragido, usava “caminhões com reboque, entre outros métodos de ocultação, para transportar drogas através da fronteira”, acrescenta a nota. Em abril de 2021, ele foi acusado de narcotráfico por um tribunal dos Estados Unidos.

Além disso, o governo do presidente democrata Joe Biden sancionou vários de seus parentes, entre eles, seus irmãos José Arnoldo Morgan Huerta (“Chachio”), José Luis Morgan Huerta (“Gordo”), Miguel Angel Morgan Huerta e Martín Morgan Huerta, bem como seu tio, Oscar Murillo Morgan (“Chino).

Indicou-se que cada um deles desempenhava várias atividades para a organização, como subornar autoridades, manter fontes de suprimento de drogas, gerenciar transporte e logística, negociar acordos comerciais e lavar dinheiro.

Os outros sancionados incluem os mexicanos David Alonso Chavarin Preciado, Jesús Francisco Camacho Porchas, Oscar Enrique Moreno Orozco, Ramiro Martín Romero Wirichaga, Sergio Isaías Hernández Mazón e Álvaro Ramos Acosta, além do colombiano Cristian Julián Meneses Ospina.

O OFAC também sancionou quatro empresas com sede no México que trabalhariam para o cartel: o restaurante Conceptos Gastronómicos de Sonora, a mineradora Morgan Golden Mining, o comércio Villba Stone e a exportadora del Campos Ramos Acosta.

Os Estados Unidos “perseguirão agressivamente” os cúmplices das redes de drogas, especialmente o fentanil, e “aqueles que se beneficiam das vendas mortais” desse opioide, que é até 50 vezes mais potente do que a heroína, destacou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, citado no comunicado.

O país declarou guerra ao fentanil, que foi responsável por grande parte das quase 110 mil mortes por overdose no país em 2022.

Como resultado das sanções, todos os bens e participações em ativos dos sancionados que estejam nos Estados Unidos ou sob controle de cidadãos americanos ficam bloqueados.

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