O governo dos Estados Unidos anunciou sanções contra um funcionário do governo do Haiti acusado de apoiar grupos criminosos em seu país e de obstruir os esforços para combatê-las.
Washington não identificou o funcionário nem os grupos criminosos em questão, mas indicou que revogará qualquer visto que o envolvido possua atualmente.
“O Departamento de Estado está tomando medidas para impor restrições de visto a um funcionário do governo haitiano por apoiar gangues e outras organizações criminosas, e obstruir a luta do governo do Haiti contra gangues terroristas”, indicou em um comunicado na segunda-feira.
Em maio, Washington designou as gangues criminosas Viv Ansanm e Gran Grif como organizações terroristas.
Os Estados Unidos “continuam comprometidos em apoiar a estabilidade do Haiti e esperam um progresso tangível em direção a eleições livres e justas”, disse o comunicado.
O proeminente empresário haitiano Dmitri Vorbe, acusado de financiar gangues violentas em seu país, foi detido nos Estados Unidos em setembro e pode ser deportado.
Outro importante empresário haitiano, Pierre Reginald Boulos, foi detido pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) em 17 de julho, acusado de “contribuir para a desestabilização” do país caribenho.
O Haiti, o país mais pobre das Américas, sofre há muito tempo com a violência das gangues criminosas, com assassinatos, estupros, saques e sequestros frequentes, em um contexto de instabilidade política crônica.
A situação piorou significativamente no início de 2024, quando as gangues forçaram Ariel Henry, então primeiro-ministro, a renunciar.
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