A embaixada dos Estados Unidos em Bogotá retomou, nesta sexta-feira (31), seus serviços consulares depois de uma suspensão de quatro dias, após um incidente diplomático entre o presidente Donald Trump e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro.
Dezenas de pessoas com documentos em mãos faziam fila desde cedo em frente ao consulado.
O Ministério das Relações Exteriores havia anunciado na quinta-feira a retomada das “atividades da seção consular” e da “emissão de vistos” para os Estados Unidos.
“Destacamos o trabalho mútuo para a manutenção dos canais diplomáticos de interlocução de dois Estados que são parceiros estratégicos no hemisfério”, afirmou em um comunicado.
Estados Unidos e Colômbia viveram um dia de tensão no domingo, depois que Petro rejeitou receber voos militares americanos com deportados e exigiu de Trump condições “dignas”, como não algemar os repatriados.
A rejeição desencadeou uma breve crise diplomática com ameaças mútuas de tarifas, e do lado dos Estados Unidos, a suspensão da emissão de vistos e outros trâmites consulares.
Horas depois, os países chegaram a um acordo e, durante a semana, Petro enviou aeronaves para trazer os deportados.
O incidente diplomático do fim de semana é o primeiro embate de Petro com Trump, que assumiu a presidência em 20 de janeiro com promessas de endurecer a política contra a migração irregular.
Os Estados Unidos são o principal parceiro comercial da Colômbia, e suas forças militares têm prestado uma valiosa cooperação há décadas na luta contra as guerrilhas e o narcotráfico.
Na semana passada, o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, ordenou congelar praticamente toda a ajuda externa fornecida pelos Estados Unidos, com exceção daquela destinada a Israel e Egito.
Uma fonte da polícia colombiana disse à AFP que 18 helicópteros americanos – alguns deles Black Hawk – que a instituição usava, deixarão de ser operados devido à medida adotada pelo governo Trump.
lv/mel/jb/dd