Os Estados Unidos impuseram restrições de visto a funcionários governamentais de alguns países africanos, de Cuba e de Granada por “sua cumplicidade no esquema” das missões médicas cubanas, informou nesta quarta-feira (13) o Departamento de Estado.
O governo cubano vende serviços a terceiros países por meio das chamadas “missões internacionalistas”, que incluem atividades médicas e, segundo analistas, representam a principal fonte de entrada de divisas para a ilha.
“Profissionais médicos são ‘alugados’ a outros países por preços elevados e a maior parte das receitas fica nas mãos das autoridades cubanas”, critica o Departamento de Estado em comunicado.
Os Estados Unidos “tomarão as medidas necessárias para pôr fim a esse trabalho forçado”, acrescenta, e pedem aos governos que paguem diretamente aos médicos por seus serviços, “e não aos escravizadores do regime”.
Segundo Washington, o objetivo é “apoiar o povo cubano em sua busca pela liberdade” e garantir “a responsabilização daqueles que perpetuam sua exploração”.
O comunicado também exorta outros países a seguirem o mesmo caminho. O mesmo foi dito em junho, quando os EUA impuseram restrições de visto a funcionários centro-americanos pelo mesmo motivo.
Cuba reagiu imediatamente.
Os Estados Unidos “demonstram imposição e agressão com a força como nova doutrina de política externa desse governo. Cuba continuará prestando serviços”, escreveu nesta quarta-feira o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, na rede social X.
O governo do presidente republicano Donald Trump endureceu sua política contra Cuba.
Em julho, sancionou pela primeira vez o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, “por sua participação em graves violações de direitos humanos”.
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