Os Estados Unidos impuseram restrições de vistos a nove altos funcionários do governo e militares cubanos “implicados em tentar calar a voz do povo”, ao reprimir manifestantes opositores em 15 de novembro, informou nesta terça-feira (30) o secretário de Estado, Antony Blinken.

“O Departamento de Estado impôs restrições de visto a nove funcionários cubanos implicados em tentar calar a voz do povo cubano por meio da repressão e detenções injustas”, disse Blinken em um comunicado.

Entre os afetados estão membros de destaque do ministério do Interior e das Forças Armadas Revolucionárias, que não mencionou.

Essas pessoas “tomaram medidas para negar aos cubanos seu direito à liberdade de expressão e de reunião pacífica”, acrescentou.

Em 15 de novembro, a polícia deteve e impediu que saíssem de casa opositores que pretendiam se manifestar, apesar de o protesto, convocado pelo grupo Arquipélago, ter sido proibido.

O grupo, com 30 mil membros dentro e fora da ilha, havia organizado a passeata pela libertação dos presos políticos, pelos direitos dos cidadãos e pela democracia.

“Nos dias que antecederam 15 de novembro, o regime cubano perseguiu ativistas com turbas patrocinadas pelo governo, confinou repórteres e membros da oposição em suas casas, revogou credenciais de jornalistas para suprimir a liberdade de imprensa e deteve arbitrariamente cidadãos cubanos que tentaram protestar pacificamente”, indicou a nota do Departamento de Estado.

Segundo Blinken, essas restrições têm como objetivo “apoiar o povo cubano e responsabilizar não só aos dirigentes do regime, mas também os funcionários que permitem os ataques” à democracia e aos direitos humanos.