Os Estados Unidos anunciaram, nesta terça-feira (7), a repatriação de mais de 20 americanos e europeus que estavam em um acampamento de prisioneiros de jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, país onde ainda permanecem centenas de cidadãos ocidentais.

A complexa operação permitiu repatriar onze americanos, entre esses cinco menores de idade. Também viajou uma criança de nove anos que não tem essa cidadania, mas que é irmão de um americano, indicou o secretário de Estado, Antony Blinken, em um comunicado.

O grupo de repatriados também inclui seis canadenses, quatro neerlandeses e um finlandês. Deles, oito são menores de idade, indicou.

A operação envolveu várias agências do governo americano, o Kuwait e combatentes curdos aliados de Washington. É a maior repatriação de acampamentos do EI realizada até hoje pelos Estados Unidos, detalhou Blinken.

“A única solução duradoura para a crise humanitária e de segurança das pessoas deslocadas nos acampamentos e centros de detenção do norte da Síria é a repatriação por parte de seus países, junto a sua reabilitação, reintegração, quando for o caso, com as medidas necessárias para que respondam por suas más ações”, apontou o secretário de Estado.

Os EUA têm solicitado aos países europeus que repatriem seus cidadãos que viajaram para o Oriente Médio para se juntar ao EI, assim como seus filhos.

Muitos países europeus fizeram seus cidadãos retornarem, mas o processo tem sido lento, especialmente em países que sofreram ataques jihadistas, como a França e o Reino Unido.

Nos EUA, também, essas repatriações têm sido controversas. Durante a administração do líder republicano Donald Trump (2017-2021), houve o caso de uma mulher que solicitou o retorno, mas não foi mais reconhecida como americana.

Cinco anos após a queda do autoproclamado “califado” do EI no Iraque e na Síria, cerca de 56.000 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças ligadas a grupos islamistas radicais, continuam detidas pelas forças curdo-sírias aliadas dos EUA em campos no nordeste da Síria em meio à violência e à privação.

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