Os Estados Unidos insistiram, nesta sexta-feira (26), que as acusações de que Israel cometeu genocídio em Gaza são “infundadas”, depois que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) decidiu que as autoridades israelenses devem se esforçar mais para evitar as mortes de civis.

“Seguimos acreditando que as acusações de genocídio são infundadas e tomamos nota de que o tribunal não se pronunciou sobre o genocídio nem pediu um cessar-fogo em sua decisão”, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano.

A CIJ, máxima instância judicial da ONU, instou Israel a tomar “medidas imediatas e eficazes para permitir o fornecimento de serviços básicos e de ajuda humanitária que os palestinos necessitam urgentemente para fazer frente às condições de vida desfavoráveis que enfrentam” por causa da guerra.

E exortou o país a fazer o que puder para “impedir a prática de todos os atos dentro do âmbito de aplicação” da Convenção para a Prevenção de Genocídios, assinada em 1948, depois do Holocausto.

O tribunal emitiu esta decisão no âmbito do recurso de emergência apresentado em dezembro pela África do Sul ante a CIJ, argumentando que Israel violou tal convenção da ONU.

A guerra começou em 7 de outubro com a incursão de comandos islamistas que mataram cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP a partir de dados oficiais israelenses.

As ações de represália, com bombardeios incessantes e operações terrestres em Gaza, deixaram pelo menos 26.083 mortos até o momento, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.

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