O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “não acredita que seja útil em absoluto” que o Irã tenha aumentado esta semana o enriquecimento de urânio, uma medida adotada em resposta à sabotagem de uma instalação nuclear que se acredita que tenha sido feita por Israel.

O Irã anunciou nesta sexta-feira (16) que começou a produzir urânio enriquecido a 60%, contrariando os compromissos assumidos com a comunidade internacional.

“No entanto, nos agrada que o Irã continue aceitando entabular conversações” sobre o acordo nuclear, disse Biden durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga.

“Acho que é prematuro fazer um julgamento sobre o qual será o resultado, mas acho que continuamos dialogando”, disse Biden.

Ele reiterou o apoio ao acordo de 2015, negociando quando era vice-presidente de Barack Obama, mas que não faria “grandes concessões” para volver a ele.

O ex-presidente Donald Trump jogou por terra o acordo – em virtude do qual prometia-se ao Irã flexibilizar as sanções em troca de importantes restrições ao seu programa nuclear – e, em seu lugar, impôs uma ampla punição econômico que incluía a proibição unilateral a outros países comprarem seu petróleo.

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O Irã quer que os Estados Unidos suspendam as sanções antes de retirar as medidas tomadas em protesto e que distanciaram o país do cumprimento do acordo.

O Departamento de Estado informou nesta sexta-feira que uma delegação americana permaneceria em Viena, onde mantém conversas indiretas com o Irã através de intermediários europeus.


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