O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (19) que oferece até 10 milhões de dólares (R$ 56,5 milhões) por informação que permita desarticular “os mecanismos financeiros” do grupo libanês pró-iraniano Hezbollah na região fronteiriça entre Argentina, Brasil e Paraguai.
Os Estados Unidos designaram o Hezbollah como “organização terrorista estrangeira” em outubro de 1997. Washington assegura que o movimento, debilitado por uma ofensiva israelense no ano passado, recebe armas, treinamento e financiamento do Irã.
Além disso, o acusa de gerar “ao redor de um bilhão de dólares [R$ 5,65 bilhões] por ano graças a uma combinação de apoio financeiro direto do Irã, negócios e investimentos internacionais, redes de doadores, corrupção e atividades de lavagem de dinheiro”.
“Incentivamos qualquer pessoa que tenha informação sobre as redes financeiras de Hezbollah na região da Tríplice Fronteira [entre os países sul-americanos] a entrar em contato” com o programa de recompensas através de aplicativos como Signal, Telegram e WhatsApp, afirma o Departamento de Estado em comunicado.
Além disso, oferece um número de telefone e promete manter a informação “na mais estrita confidencialidade”.
Oferece “uma recompensa permanente de até 10 milhões de dólares” por dados que permitam desarticular “as redes financeiras do Hezbollah” na área fronteiriça entre Argentina, Brasil e Paraguai”.
Os “financiadores e facilitadores do Hezbollah” geram receitas “mediante atividades ilícitas”, assegura. Cita a lavagem de dinheiro, o tráfico de drogas, o contrabando de carvão vegetal e petróleo, cigarros e artigos de luxo, bem como o comércio ilícito de diamantes e a falsificação de documentos e de dólares americanos.
Também realizam “atividades comerciais em toda a América Latina, como produção, importação e exportação de mercadorias e a venda de bens imóveis”, sustenta Washington.
Desde a sua criação em 1984, o programa de recompensas já pagou mais de 250 milhões de dólares (R$ 1,4 bilhão) para mais de 125 pessoas de todo o mundo por sua ajuda para “resolver ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos”.
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