Os Estados Unidos continuarão buscando a desnuclearização da Coreia do Norte, seja quem for seu líder, declarou na quarta-feira o secretário de Estado Mike Pompeo, em meio aos rumores sobre a saúde de Kim Jong Un.
Em uma entrevista, Pompeo disse que conheceu a poderosa irmã de Kim, Kim Yo Jong, cuja recente ascensão na hierarquia norte-coreana levou alguns especialistas a considerá-la como uma possível sucessora.
“Tive a oportunidade de encontrá-la algumas vezes, mas o desafio continua o mesmo, o objetivo não mudou, independente de quem liderar a Coreia do Norte”, afirmou Pompeo à Fox News.
O chefe da diplomacia dos EUA retomou a promessa de Washington de dar aos norte-coreanos “um futuro brilhante” se seus líderes renunciarem às armas nucleares.
Pompeo viajou para a Coreia do Norte quatro vezes em 2018, enquanto coordenava encontros históricos entre Kim e o presidente americano Donald Trump, depois de meio século de inimizade entre os dois países.
Mas as negociações pararam. A Coreia do Norte continua com seus testes de foguetes, enquanto os Estados Unidos rejeitam os pedidos de Pyongyang de remover as sanções antes de sua completa desnuclearização.
O Daily NK, um meio de comunicação on-line dirigido principalmente por norte-coreanos dissidentes no exílio, disse nesta semana que Kim Jong Un havia sido operado em abril por problemas cardiovasculares decorrentes de “fumo excessivo, obesidade e fadiga”, e que estava se recuperando.
Citando uma autoridade americana, a CNN informou que Washington “avaliava (informações)” de que Kim Jong Un está “em estado grave após uma operação”.
Mas a Coreia do Sul, tecnicamente ainda em guerra com o Norte, disse que não detectou nenhum movimento incomum em seu vizinho.
E um alto general americano afirmou na quarta-feira que as forças armadas dos EUA não tinham indicações de que o líder norte-coreano esteja incapacitado ou que tenha perdido o controle do exército do país.