O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu nesta quinta-feira aos aliados que aumentem os fundos destinados a derrotar o Estado Islâmico (EI), apesar da crise orçamentária desencadeada pela pandemia de coronavírus.

Os Estados Unidos e a Itália lideraram uma reunião de 31 nações sobre o combate a extremistas, realizada virtualmente para evitar novas infecções por COVID-19.

Uma operação americana no ano passado matou o líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, logo depois que o presidente Donald Trump declarou que o movimento, que há alguns anos governava vastas áreas da Síria e do Iraque, havia sido derrotado no campo de batalha.

“Dito isto, nossa luta contra o ISIS [EI] continua, e continuará no futuro próximo. Não podemos descansar”, afirmou Pompeo na conferência.

“Devemos continuar a erradicar células e redes do ISIS e fornecer assistência de estabilização nas áreas liberadas no Iraque e na Síria”, disse ele.

“A pandemia está pressionando imensamente todos os nossos orçamentos, mas instamos os países a se comprometerem com nossa meta de mais de US$ 700 milhões até 2020”, apontou o diplomata.

Os Estados Unidos prometeram uma contribuição de 100 milhões para o Iraque, cujo novo primeiro-ministro, Mustafa Kadhemi, foi bem recebido por Washington.

Em seu auge, o grupo Estado Islâmico realizou execuções em massa e escravizou comunidades não muçulmanas, enquanto inspirava ataques em todo o Ocidente.

Apesar do fato de a presença de extremistas ter diminuído, o alerta sobre a influência do EI na África Ocidental e no Afeganistão aumentou.

Os Estados Unidos culparam o EI por um terrível ataque no mês passado em uma maternidade em Cabul.