Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, manifestou “preocupação” com a segurança da líder opositora venezuelana María Corina Machado, que se declarou na clandestinidade diante das ameaças de detenção, e de seu candidato Edmundo González Urrutia após a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro.
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Em uma conversa com os dois, Blinken citou a “preocupação com a segurança e bem-estar de ambos após as eleições”, ao mesmo tempo em que “condenou a violência e repressão políticas”, segundo um comunicado do Departamento de Estado americano.
Razão da preocupação
Desde que Maduro foi reeleito pela segunda vez, no domingo, 28, entidades internacionais denunciaram fraude no sistema de votação, opositores do governo foram detidos e ao menos 20 mortes de manifestantes foram registradas pela ONG Monitor de Víctimas em confrontos com as forças de segurança.
Neste processo, Machado se declarou na “clandestinidade”, enquanto González Urrutia está em local não revelado devido às ameaças de prisão que sofreu. O presidente acusou os dois de responsabilidade por atos violentos. “Vocês têm as mãos manchadas de sangue. Deveriam estar atrás das grades”, disse.
A autoridade eleitoral da Venezuela, controlada pelo governo, ratificou na sexta-feira, 2, a reeleição de Maduro com 52%, contra 43% de González Urrutia. Já a oposição divulgou em um site o que afirma serem as cópias de 84% das atas de votação em sua posse. Estes documentos, disse o grupo, mostram González Urrutia como o vencedor.
Para o governo dos EUA, existe uma “evidência esmagadora” de que o opositor venceu o pleito.
Segundo o comunicado divulgado pela diplomacia americana, Blinken felicitou a González Urrutia por obter “a maioria dos votos” nas eleições, “como documentam os amplos esforços da oposição democrática para assegurar uma contagem transparente dos votos”.
Na mesma linha de Washington, alguns países, como Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica, Peru e Panamá, reconheceram a oposição como vitoriosa. Outros, como Colômbia, México e Brasil, assim como a União Europeia, exigiram transparência na divulgação dos resultados.
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Blinken reafirmou o compromisso dos americanos em “apoiar o processo de restabelecimento das normas democráticas na Venezuela”.