TEL AVIV, 11 NOV (ANSA) – O governo dos Estados Unidos está cogitando construir milhares de habitações temporárias na chamada “linha amarela”, área da Faixa de Gaza controlada por Israel, para abrigar palestinos sem vínculos com o Hamas.
De acordo com a revista The Atlantic, que ouviu fontes israelenses e americanas, o projeto, denominado “Comunidades Seguras Alternativas”, seria implementado em terrenos provavelmente pertencentes a palestinos. Ao todo, as residências poderão abrigar cerca de 25 mil pessoas.
Um alto funcionário da administração Donald Trump confirmou à publicação que pelo menos uma comunidade piloto será construída nas proximidades de Rafah. As fontes, contudo, enfatizaram que os palestinos admitidos nos complexos residenciais não poderão cruzar a “linha amarela” para retornar ao território controlado pelo Hamas.
Em visita a Paris, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou em entrevista ao Le Figaro que “o Hamas não terá qualquer papel de governo em Gaza”.
Ele acrescentou que está disposto a organizar “eleições gerais, presidenciais e parlamentares no ano seguinte ao fim da guerra”.
Enquanto isso, no Cairo, uma delegação israelense de alto nível desembarcou na capital egípcia para discutir os últimos acontecimentos no enclave palestino. A imprensa local espera que as conversas se concentrem na próxima fase de implementação do plano de paz de Trump e no fornecimento de ajuda humanitária à população de Gaza.
O Hamas, por sua vez, retomou as buscas pelos corpos de reféns israelenses no bairro de Shejaia, na Cidade de Gaza, segundo a Al Jazeera. Além disso, o grupo classificou a aprovação, pelo Parlamento de Tel Aviv, da lei que impõe a pena de morte a terroristas como “uma extensão da abordagem racista e criminosa do governo israelense e uma tentativa de legitimar o assassinato em massa organizado de palestinos”. (ANSA).