Vice da diplomacia dos EUA celebra PL da Dosimetria: ‘Início de um caminho’

Número 2 de Marco Rubio, Christopher Landau elogiou projeto que pode reduzir pena de Bolsonaro

Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos EUA
Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos EUA Foto: Yves Herman/Reuters

Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou que a aprovação do PL (Projeto de Lei) da Dosimetria pela Câmara dos Deputados brasileira é o “início de um caminho para melhorar as relações” entre as duas nações.

Os Estados Unidos têm expressado consistentemente preocupação com as tentativas de usar o processo legal para instrumentalizar as diferenças políticas no Brasil e, portanto, saúdam o projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados como um primeiro passo para lidar com esses abusos”, escreveu Landau em publicação no X (antigo Twitter).

Processo contra Bolsonaro ficou na mira de Trump

Aprovado com 291 votos na Câmara, o PL da Dosimetria prevê a redução das penas aplicadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) aos participantes da invasão às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, e aos condenados por uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, grupo que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sentenciado a 27 anos e três meses de reclusão na superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Para reduzir as punições, o texto ainda passará pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e pelo plenário do Senado e será submetido à sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No curso do processo, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se mudou para os EUA para articular reações do governo Donald Trump ao que considera perseguição do Judiciário a seu pai. O republicano afirmou que havia uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, revogou vistos de autoridades brasileiras e enquadrou o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa na Lei Magnitsky.

Mesmo com as negociações do Ministério das Relações Exteriores e do próprio presidente Lula, que culminaram na redução parcial das sanções econômicas, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio — equivalente ao chanceler brasileiro –, seguiu alinhado à tese de perseguição. Landau é seu número 2 no órgão.