Um desejo do Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos é que as agências do país e o Departamento de Defesa avaliem o conteúdo reunido sobre “objetos voadores não identificados”, conforme apuração do UOL.

No entanto, a intenção do legislativo norte-americano, disposto em um projeto de Lei, também revelou a existência de uma “força-tarefa de OVNIs” no governo norte-americano.

A ala avalia todos as “possíveis ameaças aeroespaciais ou outras” à segurança nacional.

Segundo o portal, o comitê exige que sejam compartilhadas informações sobre atividades de nações estrangeiras que teriam “alcançado uma tecnologia aeroespacial inovadora que poderia colocar em risco as forças estratégicas ou convencionais dos Estados Unidos”, diz um trecho do relatório do comitê publicado pela Vice.

Além disso, o relatório requisitou uma “análise detalhada dos dados de fenômenos aéreos não identificados e relatórios de inteligência coletados ou mantidos pelo Gabinete de Inteligência Naval, incluindo relatórios de dados e inteligência mantidos pela Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não Identificados”, diz um trecho do relatório, assinado pelo senador republicano Marco Rubio.

Antes da reportagem, a existência da força-tarefa era somente citada pelo porta-voz do Departamento de Defesa, Susan Gough, relatada pelo site Black Vault, o maior arquivo não oficial de documentos do governo norte-americano.

Como o comitê pediu que além da elaboração do relatório, ainda não há informação de como o Senado irá receber o pedido. A medida ainda pode passar por resistência do governo de Donald Trump, principalmente quanto a publicação desses dados.

Trump chegou a dizer, na última semana, que tinha informações “interessantes”, sobre Roswell, cidade do Novo México, conhecida por eventos com OVNIs.

No entanto, o presidente norte-americano revelou em entrevista à ABC “As pessoas estão dizendo que estão vendo OVNIs. Eu acredito nisso? Não particularmente”, afirmou.

Vale lembrar que o Departamento dos Estados Unidos divulgou em abril deste ano três vídeos, nos quais militares da Marinha norte-americano mostram surpresa aos objetos aéreos não identificados. Apesar da divulgação, duas das imagens datam de 2015 e a outra de 2004.

Caso a mudança seja aprovada pelo Senado, os apoiadores de pesquisas nesta área poderão comemorar.

Christopher Mellon, ex-funcionário de Defesa do Pentágono, considerou a alteração “extremamente importante”. Ele ainda mencionou que “as pessoas poderão falar sobre isso sem medo ou vergonha”.

“Estamos falando de dezenas de incidentes no espaço aéreo militar restrito ao longo de anos”, completou em entrevista ao politico.