Os Estados Unidos pediram ao México que revise se os trabalhadores de uma fábrica de peças automotivas estão tendo seus direitos trabalhistas negados pelo Grupo Yazaki no estado de Guanajuato (centro), informou o Departamento do Trabalho nesta segunda-feira (7).

Esta é a 12ª vez que o país aciona formalmente o Mecanismo Trabalhista de Resposta Rápida do tratado de livre comércio entre EUA, Canadá (T-MEC) e México, a sétima somente em 2023.

Washington afirma em nota que, no dia 5 de julho, recebeu uma denúncia da Casa Obrera del Bajío, organização sindical mexicana, denunciando uma série de “irregularidades” durante uma votação em 31 de março, quando os trabalhadores da fábrica de Planta León decidiram se deveriam manter o acordo coletivo existente.

“O direito dos trabalhadores a uma democracia sindical livre e justa é fundamental para o sucesso da reforma trabalhista do México e é um componente-chave das disposições trabalhistas da T-MEC”, afirma a representante comercial americana Katherine Tai, citada em um comunicado.

“O respeito ao direito dos trabalhadores de aprovar seu acordo coletivo de trabalho, livremente e sem interferência, é um componente fundamental da reforma trabalhista do México”, acrescenta a subsecretária adjunta de Assuntos Internacionais, Thea Lee, na mesma nota.

O governo mexicano tem 10 dias para aceitar a solicitação e outros 45, a partir desta segunda-feira, para investigar os fato e apresentar conclusões.

O T-MEC permite, sob circunstâncias específicas, que Washington tome medidas coercitivas quando uma empresa mexicana que exporta produtos aos EUA viola a liberdade sindical e as leis de negociação coletiva do país.

A empresa, que produz componentes elétricos para automóveis, é propriedade da controladora Yazaki Corporation.

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