LOS ANGELES, 16 JUL (ANSA) – O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou na última terça-feira (15) a retirada de 2 mil soldados da Guarda Nacional de Los Angeles, que foram enviados à cidade nas últimas semanas para conter manifestantes pró-imigração.
A informação foi confirmada pelo porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, que reforçou que “a ilegalidade em Los Angeles está diminuindo”.
No entanto, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou a decisão por não abranger outros 2 mil homens da Guarda Nacional e 700 marinheiros que ainda permanecem na cidade sem poder apoiar as missões de combate a incêndios em todo o estado, que são comuns nesta época do ano.
“Milhares de membros ainda estão federalizados em LA sem motivo e impossibilitados de desempenhar suas funções críticas em todo o estado”, acusou Newson no X, pedindo para acabar “com essa palhaçada” e mandar “todos para casa”.
Já a prefeita da cidade, Karen Bass, atribuiu a retirada parcial dos soldados a protestos pacíficos e ações judiciais movidas contra o governo federal.
“Isso aconteceu porque o povo de Los Angeles se manteve unido e forte. Organizamos protestos pacíficos, nos reunimos em comícios, processamos o governo Trump: tudo isso levou à retirada de hoje [terça, dia 15]”, disse Bass.
As manifestações contra a política anti-imigração do governo de Donald Trump tiveram início em 6 de junho em Los Angeles e se espalharam para outra cidades do país, como Atlanta e Nova York.
Com a chegada da Guarda Nacional na cidade californiana, seus membros passaram a realizar prisões em massa dos participantes contra a vontade dos governos locais, que acusam a administração federal de abuso de poder. (ANSA).