Os Estados Unidos ofereceram até 10 milhões de dólares em recompensa nesta quarta-feira (30) por dois ex-ministros venezuelanos que vinculam a um colapso do sistema elétrico e os acusam de receber propina.

“O Departamento de Estado dos EUA anuncia recompensas de até cinco milhões cada por informações que levem a prisões ou condenações” de Luis Motta Domínguez e Eustiquio Lugo Gómez, disse o secretário de Estado americano Mike Pompeo.

Motta Domínguez, ex-ministro de Energia Elétrica da Venezuela, e Lugo Gómez, ex-vice-ministro de Finanças, Investimentos e Alianças Estratégicas, foram acusados em 27 de junho de 2019 pelo Ministério Público dos Estados Unidos de desviarem fundos públicos em benefício próprio.

De acordo com a acusação, Domínguez e Gómez supostamente concederam a três empresas sediadas na Flórida contratos de mais de 60 milhões de dólares com a Corpoelec (Corporación Eléctrica Nacional) em troca de subornos.

Em 28 de julho deste ano, ambos foram impedidos de entrarem nos Estados Unidos.

Motta Domínguez é um general aposentado que foi afastado do cargo de ministro em abril de 2019, em meio aos apagões, enquanto Lugo Gómez se encarregava das aquisições da Corpoelec.

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Mergulhada em uma grave crise política e econômica, a Venezuela sofreu uma série de apagões no ano passado. O maior foi em março e deixou o país na escuridão por uma semana.

O presidente socialista Nicolás Maduro atribuiu à falta de energia a “ataques eletromagnéticos” dos Estados Unidos em cumplicidade com a oposição, com o objetivo de derrubá-lo.

No entanto, apagões são comuns há anos no país com a maior reserva de petróleo do mundo.


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