Por Daphne Psaledakis e Arshad Mohammed

WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos impuseram nesta quarta-feira sanções a autoridades e empresas iranianas devido a acusações de graves abusos de direitos humanos.

O movimento intensifica a pressão sobre Teerã por sua repressão aos protestos no país, enquanto Washington destaca o Dia Internacional da Mulher.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse em comunicado que impôs sanções a duas autoridades prisionais iranianas sêniores que a pasta acusa de serem responsáveis por sérios abusos dos direitos humanos contra mulheres e meninas.

Washington também impôs sanções ao principal comandante do exército do Irã, a uma autoridade sênior da Guarda Revolucionária Islâmica e outra autoridade ligada aos esforços do governo iraniano para bloquear o acesso à internet. De acordo com o comunicado, também foram alvo de sanções três empresas iranianas e seus líderes que possibilitaram a repressão policial.

A medida marca a décima rodada de sanções do tipo dos EUA ao Irã desde a repressão de Teerã aos protestos no país. As manifestações começaram após Mahsa Amini, uma mulher da região curda do país, morrer em setembro sob custódia da polícia de moralidade, que impõe rigorosos códigos de vestimenta.

Os protestos por iranianos de todas as classes sociais representam um dos maiores desafios ao governo teocrático atuante desde a Revolução Islâmica de 1979. O Irã acusa potências ocidentais de fomentar a agitação, enfrentada com violência fatal pelas forças de segurança.

O Tesouro dos EUA disse que agiu em conjunto com a União Europeia, o Reino Unido e a Austrália para marcar o Dia Internacional da Mulher.

A missão do Irã nas Nações Unidas em Nova York não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

(Reportagem de Rami Ayyub, Arshad Mohammed e Daphne Psaledakis)

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