A Força Aérea dos Estados Unidos apresentará, nesta sexta-feira (2), seu novo B-21 Raider, um bombardeiro furtivo de alta tecnologia capaz de transportar armas nucleares e convencionais e projetado para voar sem tripulação.
O B-21, que pode custar 700 milhões de dólares cada e é o primeiro bombardeiro americano em décadas, substituirá gradualmente o B-1 e o B-2, cujos primeiros voos datam da Guerra Fria.
“O B-21 será a espinha dorsal da nossa futura força de bombardeiros. Ele terá alcance, acesso e carga útil para entrar nas áreas mais problemáticas”, disse à AFP a porta-voz da Força Aérea dos Estados Unidos, Ann Stefanek.
O primeiro voo de um B-21 está programado para o próximo ano e a Força Aérea espera comprar pelo menos 100 aeronaves, disse Stefanek.
A fabricante Northrop Grumman informou que seis dos aviões estão sendo montados e testados em suas instalações em Palmdale, na Califórnia, onde acontecerá a apresentação.
Muitas especificidades do dispositivo não foram reveladas, mas ele deve oferecer avanços significativos em comparação aos bombardeiros da atual frota americana.
Entre as novas capacidades, o B-21 tem potencial para voos não tripulados. “Está prevista essa possibilidade, mas não foi decidido voar sem tripulação”, afirmou Stefanek.
A aeronave é de “arquitetura aberta”, o que significa que pode ser atualizada com mais rapidez e facilidade.
O B-21 foi “projetado para evoluir”, comentou Amy Nelson, do instituto de pesquisa Brookings Institution.
“A ‘arquitetura aberta’ permite a futura incorporação de um software melhor (incluindo para autonomia) para que a aeronave não se torne rapidamente obsoleta”, disse ele.
“O B-21 é mais sofisticado do que seus antecessores. É verdadeiramente moderno. Não só tem capacidade dupla (ao contrário do B-2), o que significa que pode lançar mísseis nucleares ou convencionais, mas também pode disparar mísseis de curto e longo alcance”, acrescentou Nelson.
Como os aviões de combate F-22 e F-35, o B-21 contará com tecnologia furtiva, o que dificulta para os adversários localizá-lo.
A tecnologia furtiva existe há décadas, mas a Northrop destacou que o B-21 contará com a última geração.