Os Estados Unidos instaram a Sérvia, nesta terça-feira (19), a abordar as preocupações da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que relatou irregularidades nas eleições do país do leste europeu.

“As alegações de irregularidades relatadas tanto pela OSCE quanto por outras equipes de observadores eleitorais devem ser investigadas, e a violência direcionada às autoridades eleitorais, jornalistas e observadores credenciados – sobre os quais vimos relatos – é inaceitável”, disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

“Instamos a Sérvia a trabalhar com a OSCE para abordar essas preocupações”, acrescentou Miller.

Observadores internacionais afirmam que ocorreram irregularidades nas eleições na Sérvia. De acordo com os resultados finais anunciados na segunda-feira pela comissão eleitoral, o SNS (direita nacionalista), do presidente Aleksandar Vucic, venceu com 46,7% dos votos, à frente da coalizão de oposição “Sérvia contra a violência” (23,5%).

Miller não comentou como as eleições parlamentares e locais afetariam as relações com o presidente Vucic, que não estava nas cédulas do SNS.

Após a divulgação dos resultados, milhares de pessoas se reuniram à noite em frente à comissão eleitoral para pedir a anulação dos resultados e a renúncia de Vucic. A coalizão de oposição denunciou que milhares votaram na capital sem serem residentes, entre outras anomalias.

Uma missão composta por membros da OSCE, do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa apontou entre as irregularidades a “compra de votos” e o “preenchimento de urnas”.

A Alemanha qualificou as irregularidades eleitorais no país dos Bálcãs como “inaceitáveis” para um país que espera se tornar membro da União Europeia, enquanto o bloco comunitário afirmou nesta terça-feira que o “processo eleitoral na Sérvia requer melhorias tangíveis e mais reformas”.

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