O ritmo de redução de empregos em empresas nos Estados Unidos acelerou em agosto, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (5) e que atribui a eliminação de mais de 10.000 vagas à guerra comercial com a China.

As empresas também relataram o maior número de cortes de empregos desde 2009 durante um mês em agosto, de acordo com um relatório da Challenger, Gray & Christmas.

Agosto é o oitavo mês consecutivo este ano, no qual o corte de empregos foi maior do que o mesmo período de 2018, acrescenta o relatório.

A redução de empregos aumentou quase 38% desde julho, com 53.480 vagas a menos, principalmente nos setores de saúde, tecnologia e indústria.

“Os empregadores estão começando a sentir os efeitos da guerra comercial e das tarifas impostas pelos Estados Unidos e pela China”, afirma a empresa em seu relatório.

“Continuamos vendo as preocupações dos investidores refletidas na confiança do mercado, e os empregadores parecem estar reduzindo o número de funcionários em resposta a uma desaceleração na demanda por seus produtos e serviços”, acrescenta o estudo.

Entre as razões citadas pelos empregadores, o “fechamento de empresas” responde pela redução de 16.718 vagas; “dificuldades comerciais” relacionadas à disputa em curso com a China, pelo corte de 10.480; e “tarifas”, por outros 646 empregos perdidos.

Os números oficiais de emprego e a taxa de desemprego nos Estados Unidos em agosto serão divulgados nesta sexta-feira (6).

Os economistas preveem que 171.000 empregos líquidos foram criados no mês passado, e o índice de desemprego deve permanecer em 3,7%.