22/09/2019 - 9:56
Os Estados Unidos impuseram sanções contra o banco central do Irã e seu fundo nacional de desenvolvimento após ataques às instalações de petróleo da Arábia Saudita no dia 14 deste mês. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a nova medida na sexta-feira (20), na Casa Branca, antes de uma reunião com o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, chamando as novas sanções contra Teerã de “as mais altas já impostas a um país”.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, acompanhando Trump no escritório Oval, disse que o banco central era a última fonte de fundos de Teerã. “Agora cortamos toda a fonte de recursos para o Irã”, acrescentou ele.
O Tesouro dos EUA anunciou mais tarde em comunicado que colocou o banco central do Irã e seu fundo nacional de desenvolvimento na lista negra, que alegou ter sido usado para “transferir as reservas de moeda estrangeira do Irã para procurações terroristas”.
Etemad Tejarate Pars, uma empresa sediada no Irã, também foi apontada como acusada de Washington por ocultar transferências financeiras para as compras militares do governo iraniano.
Mnuchin afirmou no comunicado que a ação do Tesouro fazia parte da “campanha de pressão máxima contra o Irã”, também alegando que o ataque do Irã à Arábia Saudita é “inaceitável”. Washington está indicando que o Irã está por trás dos ataques de drones às instalações de produção de petróleo no leste da Arábia Saudita, uma alegação que foi fortemente negada por Teerã.
A última punição ocorreu dois dias depois que Trump revelou em um tweet que havia instruído Mnuchin a “aumentar substancialmente as sanções contra o país do Irã”.
Após sua saída unilateral do acordo nuclear com o Irã, no ano passado, Washington vem pressionando Teerã por meio de uma série de sanções, em um esforço para forçá-lo a voltar às negociações. O Irã, no entanto, mantém uma postura dura e promete retaliar contra as medidas anti-Irã dos Estados Unidos.
*Agência pública de notícias da China