Os Estados Unidos se opuseram à reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira sobre a nova explosão de violência entre israelenses e palestinos, informaram diplomatas nesta quinta-feira (13).

“Amanhã não haverá reunião do Conselho de Segurança”, disse um porta-voz chinês à AFP, cujo país atualmente preside o órgão.

“Os Estados Unidos não estão de acordo sobre uma reunião amanhã por videoconferência”, afirmou um diplomata. Segundo outra fonte diplomática, Washington gostaria que a reunião não acontecesse antes de terça-feira, o que deixaria de lado muito do seu caráter de urgência.

A realização dessas reuniões por videoconferência requer o consenso dos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança.

Os americanos apoiam o posicionamento de seu aliado israelense, que recusa o envolvimento da ONU.

Em sucessivas declarações desde o início da crise, os Estados Unidos reafirmaram o direito de Israel de se defender dos ataques de foguetes do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, mas também pediram uma redução da escalada de resposta.

Washington também solicitou ao seu aliado israelense que faça “tudo o possível para evitar vítimas civis”.

Na Faixa de Gaza, desde segunda-feira o novo surto de violência já tirou a vida de 83 palestinos, incluindo 17 crianças. Em Israel, por sua vez, ceifou a vida de sete pessoas, incluindo uma criança e um soldado.

O país hebreu posicionou nesta quinta-feira tanques e veículos blindados ao longo da fronteira com o enclave palestino. O conflito entre Israel e o Hamas foi acompanhado por um aumento da violência entre judeus e árabes em algumas cidades israelenses.