*Atenção: este texto trata de tópicos sensíveis, como depressão e suicídio. Em caso de pensamentos autodestrutivos, procure ajuda no CVV (Centro de Valorização da Vida), pelo telefone 188, ou pessoalmente nos postos de atendimento em todo o Brasil.
Nos EUA, uma menina de 11 anos cometeu suicídio após relatar ter sofrido ameaças e bullying por ser de família hispânica.
Jocelynn Rojo Carranza morava com a mãe, Marbella Carranza, na cidade de Gainesville, no Texas, e relatou que seus colegas de escola faziam ameaças diárias, inclusive de denunciar a família ao Serviço de Imigração (ICE), responsável pelas deportações no país.
“Os colegas a provocavam dizendo que a família dela era hispânica, que o serviço de imigração ia ‘levar a família dela embora’”, disse Marbella ao site Univision.
No início de fevereiro, a garota foi encontrada inconsciente dentro de casa e levada as pressas para uma UTI em Dallas. A família criou uma vaquinha online para arcar com os custos do tratamento médico, mas Jocelynn não resistiu e faleceu no último dia 8.
Marbella relatou que a filha já conversava com psicólogos da escola por conta das ameaças e provocações. Apesar disso, a instituição nunca alertou a família dos problemas sofridos por Jocelynn durante o período escolar.
A Escola Distrital Independente de Gainsville só se posicionou uma semana depois da morte da garota.
“Nossos corações estão com a família da estudante nesse momento tão difícil. Essa perda aflora muitas emoções, preocupações e questões. Nossos professores, administradores e psicólogos estão aqui para ajudar”, disse a instituição em nota enviada a todos os pais e alunos.
A polícia de Gainesville segue investigando o caso e quer entender os motivos de a família não ter sido avisada, ou de nenhuma atitude sobre as ameaças ter sido tomada pela direção do colégio.