O governo de Donald Trump anunciou nesta terça-feira (6) o fechamento do escritório dos Estados Unidos para assuntos palestinos em Jerusalém, uma medida que simboliza o apoio de Washington a Israel.
O secretário de Estado, Marco Rubio, “decidiu fundir completamente as responsabilidades do escritório de assuntos palestinos em outras seções da embaixada dos Estados Unidos”, disse à imprensa a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce.
Em seu primeiro mandato, Trump transferiu a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, uma grande vitória para Israel, que considera a cidade em disputa como sua capital eterna.
Nesse movimento, Trump fechou um consulado histórico em Jerusalém que havia servido para a aproximação diplomática dos Estados Unidos com os palestinos.
O predecessor de Rubio, Antony Blinken, tentou reabrir o consulado, ao mesmo tempo em que mantinha a embaixada em Jerusalém; mas Israel se opôs.
Os Estados Unidos, em seu lugar, estabeleceram um Escritório para Assuntos Palestinos, que ficava dentro da embaixada, mas reportava separadamente a Washington.
O fechamento do escritório ocorre enquanto Israel conduz uma ofensiva em Gaza em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, com o governo de Benjamin Netanyahu se opondo ferozmente a qualquer movimento em direção a um Estado palestino.
Bruce minimizou a importância do anúncio e destacou que se trata de uma iniciativa para racionalizar os recursos do Departamento de Estado e garantir que os escritórios sobre “os temas importantes estejam todos trabalhando juntos.”
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