A Tesla e outras montadoras com sistemas de direção assistida deverão relatar quaisquer acidentes graves às autoridades, de acordo com uma ordem de segurança emitida nesta terça-feira (29).

Os fabricantes terão 24 horas para relatar qualquer incidente envolvendo vítimas, de acordo com a nova política.

A regra também se aplica a casos envolvendo uma lesão que requeira atenção médica, um veículo rebocado, o acionamento de um airbag, disse a Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário.

“Ao exigir relatórios de falhas, a agência terá acesso a dados críticos que ajudarão a resolver rapidamente os problemas de segurança que esses sistemas automatizados podem gerar”, disse o administrador em exercício desse organismo, Steven Cliff.

“A coleta de dados ajudará a construir a confiança do público de que o governo federal está monitorando de perto a segurança dos veículos automatizados”, acrescentou.

Depois de vários incidentes, especialistas em segurança reivindicaram regulamentar sistemas como a direção automática.

Os processos aumentaram em abril após a queda fatal de um Tesla que, segundo a polícia, não tinha motorista. A empresa afirmou que o piloto automático não teve relação com o acidente e acredita que certamente havia uma pessoa ao volante.

A tecnologia da Tesla também atraiu publicidade indesejada dos examinadores da revista Consumer Reports, que demonstraram como você pode “trapacear” com o “piloto automático” da Tesla conduzindo o veículo sem ninguém atrás do volante.

Em seu site, a Tesla disse que, apesar do nome, o “piloto automático” requer um motorista humano.

Uma ONG que zela pela segurança automobilística saudou a medida anunciada pelas autoridades. A organização argumentou que os relatórios de acidentes permitirão “o monitoramento de tecnologias que estão sendo testadas nas rotas americanas com pouca vigilância devido à coleta mínima de dados”.