O governo dos Estados Unidos vai repatriar um equatoriano e um colombiano que sobreviveram ao ataque contra um submarino no Caribe que supostamente transportava drogas, no qual morreram dois tripulantes, disse o presidente Donald Trump neste sábado (18).
Desde agosto, Washington destacou uma missão militar com navios e aeronaves em águas internacionais do Caribe para combater, segundo o governo, o tráfico de drogas da América Latina para os Estados Unidos.
“Foi uma grande honra para mim destruir um enorme submarino carregado de drogas que navegava rumo aos Estados Unidos por uma conhecida rota de trânsito do narcotráfico”, disse o presidente americano em sua rede Truth Social, ao acrescentar que a embarcação estava carregada com fentanil e outras drogas.
“Dois dos terroristas morreram. Os dois terroristas sobreviventes serão devolvidos a seus países de origem, Equador e Colômbia, para serem detidos e julgados”, detalhou.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou neste sábado que recebeu o colombiano detido.
“Fico feliz que esteja vivo e será processado de acordo com as leis”, declarou o dirigente de esquerda na rede social X, sem entrar em detalhes.
A Marinha americana matou pelo menos 27 supostos traficantes em seis ataques contra embarcações desde o início de setembro.
Washington afirma que essas operações reduziram a entrada de drogas nos Estados Unidos, mas não proporcionou provas de que os mortos eram traficantes.
Especialistas questionam a legalidade deste tipo de ataque com uso de força letal em águas internacionais contra suspeitos que não foram detidos nem interrogados.
O governo americano não revelou de onde partiu o submarino.
Washington afirma que o presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, lidera uma suposta rede de tráfico de drogas conhecida como Cartel de los Soles, e Trump indicou esta semana que considera realizar ataques contra alvos em terra no país sul-americano, e autorizou a CIA a empreender ações encobertas.
Caracas denuncia essas acusações como uma tentativa dos Estados Unidos de provocar uma mudança de governo na Venezuela.
Os semissubmersíveis construídos em estaleiros clandestinos na floresta têm sido utilizados por anos para transportar cocaína da América do Sul, particularmente da Colômbia, para a América Central e o México, geralmente através do Oceano Pacífico.
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