Os Estados Unidos planejam aumentar as tarifas sobre os produtos chineses que utilizam energia limpa e, com isso, espera-se que os impostos aos veículos elétricos se multipliquem por quatro, segundo um artigo do jornal The Wall Street Journal (WSJ) publicado nesta sexta-feira (10).

A medida se concretizaria ao final de uma esperada reavaliação das tarifas impostas durante a última guerra comercial entre China e Estados Unidos.

O então presidente republicano Donald Trump (2017-2021) impôs tarifas alfandegárias a produtores chineses de 300 bilhões de dólares (R$ 1,54 trilhão na cotação atual). Ao assumir, o governo do democrata Joe Biden iniciou uma revisão dessas medidas.

A decisão, prevista para a terça-feira, segundo a imprensa, aconteceria também às vésperas de o presidente americano enfrentar novamente o magnata republicano nas eleições presidenciais de novembro.

Segundo o WSJ, espera-se que o aumento das tarifas aduaneiras afete especialmente os minerais essenciais, os produtos de energia solar e as baterias da China. As taxas aduaneiras sobre veículos elétricos também deveriam subir de 25% para aproximadamente 100%.

É pouco provável que isso afete de imediato os fabricantes de automóveis chineses, que não têm grande presença nos Estados Unidos. Mas as autoridades parecem querer se proteger das importações chinesas.

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, advertiu recentemente que o excesso de produção da China poderia gerar uma avalanche de bens de baixo custo no mercado global, o que afetaria as indústrias americanas em expansão.

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