26/06/2021 - 11:39
CARACAS, 26 JUN (ANSA) – Em uma nota conjunta, os Estados Unidos, a União Europeia e o Canadá afirmaram nesta sexta-feira (25) que podem rever as sanções políticas e econômicas impostas contra a Venezuela por conta de “avanços” que vêm sendo vistos internamente.
“Saudamos os progressos substanciais e confiáveis para restaurar processos e instituições democráticas essenciais na Venezuela e estamos dispostos a revisar as políticas de sanções com base em avanços significativos em uma negociação integral”, diz o comunicado.
O documento foi assinado pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pelo alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e pelo ministro das Relações Exteriores canadense, Marc Garneau.
Apesar de falar sobre o futuro, os três responsáveis pelas relações exteriores afirmam que “permanecem profundamente preocupados pela crise em curso na Venezuela e seu impacto regional e global”.
“Uma solução pacífica à crise política, social e econômica deve vir do povo venezuelano através de negociações globais geridas pela mesma Venezuela, com a participação de todas as partes interessadas. [O processo] deve reimplantar as instituições do país e permitir a todos os venezuelanos a possibilidade de se manifestar politicamente através de eleições locais, parlamentares e presidenciais confiáveis, inclusivas e transparentes”, afirmam ainda.
Entre as solicitações do grupo, estão a libertação dos presos políticos, a garantia de independência e existência de partidos políticos diversos, a liberdade de expressão da população e a liberdade de imprensa e o “fim das violações dos direitos humanos”.
O comunicado ainda pede que as eleições de novembro deste ano sigam “os padrões internacionais” e diz que os países “continuarão empenhados em enfrentar a terrível crise humanitária existente”. EUA, Canadá e União Europeia estão entre aqueles que impuseram uma série de sanções contra o governo de Nicolás Maduro e cobram que o país volte a ter uma democracia livre. Já existiram diversas tentativas de intermediação de negociações entre governo e opositores, mas todas fracassaram. (ANSA).