Os Estados Unidos e seis países do Golfo Pérsico anunciaram, nesta quarta-feira (16), sanções contra a direção do Hezbollah, enquanto Washington busca aumentar a pressão econômica sobre o Irã e seus aliados na região.

O Centro contra o Financiamento do Terrorismo (TFTC), liderado por Estados Unidos e Arábia Saudita, detalhou que as sanções estavam dirigidas contra o Centro Shura do Hezbollah, o poderoso órgão de tomada de decisões da milícia libanesa, comandado pelo secretário-geral do grupo xiita, Hassan Nasrallah.

Nasrallah, o vice-secretário-geral do Hezbollah, Naim Qasim, e outros três membros do Conselho Shura foram incluídos nas sanções, que apontam para o congelamento de ativos dessas pessoas e bloqueio do acesso às redes financeiras mundiais.

Ao mesmo tempo, os seis países do Golfo integrantes do TFTC – Arábia Saudita, Bahrein, Kuwait, Omã, Catar e Emirados Árabes Unidos – adotaram sanções contra outras nove pessoas e empresas que fazem parte, ou são ligadas ao Hezbollah, e já apareciam na lista negra elaborada pelo Tesouro americano.

Trata-se da segunda vez que o TFTC anuncia sanções a grupos que considera uma ameaça à paz regional.

Em outubro, o organismo sancionou as principais figuras do grupo Estado Islâmico e da Al-Qaeda no Iêmen.

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“O TFTC demonstrou novamente o seu grande valor para a segurança internacional ao limitar a influência desestabilizadora de Irã e Hezbollah na região”, disse o secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin, em um comunicado.

“Ao apontar para o Conselho Shura do Hezbollah, nossas nações rechaçaram coletivamente a falsa distinção entre a chamada ‘ala política’ e a rede terrorista global Hezbollah”.

A medida é tomada 10 dias depois de a organização islâmica dar uma grande demonstração de força nas eleições libanesas, obtendo cadeiras suficientes no Parlamento para bloquear qualquer tentativa de seus inimigos políticos de desarmar a milícia, que rivaliza com o Exército libanês em tamanho e poder de fogo”.

O anúncio seguiu duas iniciativas americanas da última semana que apontaram para as redes financeiras do Irã.

O Tesouro disse que as decisões desta quarta-feira fazem parte de um esforço destinado a atacar “a totalidade das atividades malignas e o comportamento regional desestabilizador do Irã, incluindo o Hezbollah”.


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