SÃO PAULO, 01 JAN (ANSA) – Estados Unidos e Israel oficializaram nesta terça-feira (1º) sua saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a quem acusam de promover “ataques sistemáticos” contra o país judeu.
O rompimento foi motivado por resoluções da Unesco contra Israel, como aquela que retira do país a soberania sobre Jerusalém e outra que se refere a locais sagrados para judeus e muçulmanos apenas pelo nome islâmico.
Além disso, a entidade já condenou assentamentos em Hebron, na Cisjordânia, declarada como “patrimônio histórico palestino”. Os EUA têm uma dívida de US$ 600 milhões com a Unesco, quantia acumulada desde 2011, quando as contribuições foram suspensas por causa do reconhecimento da Palestina como Estado-membro.
As saídas de Estados Unidos e Israel haviam sido anunciadas em outubro de 2017. Segundo a agência “AP”, no entanto, o Departamento de Estado diz que os EUA pretendem continuar engajados na Unesco como “membro observador” em assuntos “não-politizados”, incluindo a proteção de patrimônios mundiais.
Essa não é a primeira vez que o país deixa a entidade: em 1984, a gestão de Ronald Reagan rompeu com a Unesco, acusada de ceder a interesses soviéticos e de má administração. O retorno só aconteceu em 2003. (ANSA)