TEL AVIV, 15 JUL (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, assinaram nesta quinta-feira (14) um acordo para impedir que o Irã tenha acesso a armas nucleares.
Chamado de “Declaração de Jerusalém”, o documento ressalta que os EUA “usarão todos os elementos de poder nacional” para que Teerã não tenha uma bomba nuclear, além de reforçar a “ligação indissolúvel entre os dois países”.
“Prevenir que o Irã obtenha uma arma nuclear é vital para a segurança global. Estamos esperando uma resposta deles sobre o acordo nuclear, mas não esperaremos para sempre”, alertou ainda Biden em coletiva de imprensa.
O presidente norte-americano afirmou ainda que os EUA “estão sem ‘e se’ e sem ‘mas’ sobre a segurança” dos israelenses e que garante que a “minha administração, e acredito que a maioria dos norte-americanos, não só a minha administração, que estamos completamente dedicados à sua segurança, sem sombra de dúvidas”.
Por sua vez, Lapid afirmou que os dois líderes “discutiram a ameaça iraniana e o que nós pensamos ser justo para garantir que não haja um Irã nuclear”. “O Irã não é só uma ameaça para Israel, mas para o mundo inteiro. Buscamos construir um Oriente Médio com uma coalizão mais moderada, que há tempos temos necessidade”, acrescentou.
Desde que Biden assumiu o poder, em janeiro de 2021, os EUA estão negociando para voltar para o acordo nuclear firmado em 2015 entre o Irã, o Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha.
Três anos depois da assinatura do pacto, o então presidente Donald Trump retirou o país do acordo e reimpôs sanções unilaterais contra Teerã. A partir de então, o Irã começou a aumentar o enriquecimento de urânio e a desrespeitar diversas cláusulas do documento como resposta às sanções. (ANSA).