EUA e Europa registram atos contra ‘abuso de poder’ de Trump

WASHINGTON, 18 OUT (ANSA) – Ativistas e grupos de defesa realizam neste sábado (18), nos Estados Unidos e em várias cidades da Europa uma segunda rodada de protestos da campanha “No Kings”, em resposta ao que chamam de abuso de poder por parte do presidente Donald Trump.   

Segundo os organizadores, a expectativa é de que milhares de pessoas estejam nas ruas em mais de 2,6 mil atos em todas as regiões americanas, com marchas também em Londres, Madri e Barcelona, em resposta ao que chamam de uma “guinada autoritária”.   

Os protestos marcam o início de uma das maiores mobilizações populares desde o retorno de Trump à Casa Branca e criticam a repressão à imigração, o envio de tropas da Guarda Nacional para cidades do país, a segurança e educação, além de cortes de verbas para universidades.   

Durante uma entrevista à Fox News, Trump respondeu ao movimento dizendo: “Eu não sou um rei”, em referência ao slogan dos protestos. Os republicanos classificam as manifestações como um “ódio aos Estados Unidos” e culpam os protestos por prolongarem a paralisação do governo federal.   

Em Washington, o cientista Bill Nye chamou a atenção para a importância do momento, comparando os protestos atuais aos contra a Guerra do Vietnã, e criticou o governo por abusos e autoritarismo.   

“Agora estamos protestando da mesma forma. Só que agora as apostas estão mais altas. Em vez de abandonar a guerra contra um inimigo maligno, muitas vezes imaginário, estamos resistindo o máximo possível à nossa República”, disse Nye.   

Em Chicago, os organizadores disseram que a manifestação de hoje tem um significado especial na cidade, motivada pela frustração com a conduta dos agentes de imigração e agentes do ICE envolvidos na campanha de fiscalização da imigração do Departamento de Segurança Nacional.   

“Eles estão atacando indiscriminadamente as pessoas nas ruas, lojas e comércios”, afirmou Kathy Tholin, organizadora local.   

Governadores de estados como Virgínia e Texas reforçaram a segurança, com ativação da Guarda Nacional para evitar violência e danos à propriedade. Autoridades policiais garantem o direito ao protesto pacífico.   

Além dos EUA, manifestações também foram registradas em cidades europeias como Bruxelas e Berlim. Celebridades como Jane Fonda, Kerry Washington e John Legend participam do apoio ao movimento progressista. (ANSA).