Estados Unidos e China tiveram nesta segunda-feira (6) um diálogo incomum sobre o controle de armas nucleares, um novo passo para reduzir a desconfiança antes de uma cúpula presidencial na próxima semana.

Essas conversas são as primeiras do tipo desde a administração do presidente Barack Obama e ocorrem em meio às preocupações dos Estados Unidos sobre o crescimento do arsenal nuclear chinês.

Não era esperado nenhum avanço concreto no final dessas discussões em Washington, que aconteceram após a visita do ministro das Relações Exteriores, Wang Yi.

“Temos continuamente instado a República Popular da China a se comprometer de forma significativa com o controle de armas e a redução do risco estratégico”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, aos jornalistas.

Trata-se “de continuar os esforços para gerenciar de forma responsável o relacionamento e garantir que a competição não se transforme em conflito”, acrescentou.

Espera-se que o presidente Joe Biden se encontre com seu homólogo chinês, Xi Jinping, na próxima semana à margem da cúpula do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (APEC), em San Francisco.

A China possuía “mais de 500 ogivas nucleares operacionais em maio de 2023” e está a caminho de ter “provavelmente mais de 1.000 até 2030” a um ritmo mais rápido do que o esperado, de acordo com um relatório do Pentágono divulgado em meados de outubro.

Os Estados Unidos têm cerca de 3.700 ogivas nucleares e a Rússia tem cerca de 4.500, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa sobre a Paz de Estocolmo, que estima que Pequim tenha 410.

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