Por Andrew Goudsward

(Reuters) – Um promotor federal dos EUA disse nesta segunda-feira que líderes do grupo Proud Boys estavam “sedentos por violência e se organizando para a ação”, antes do ataque de 6 de janeiro de 2021 contra o Capitólio, conforme o julgamento criminal de cinco membros da organização de extrema-direita se aproxima do fim.

O promotor-assistente Conor Mulroe disse ao júri em seu argumento final que os Proud Boys se consideravam uma “força bruta” para o então presidente republicano Donald Trump e estavam “prontos para cometer violência em nome dele” para reverter a derrota na eleição de 2020.

“Para esses réus, política não era mais algo para o plenário ou para a cabine de votação”, disse Mulroe. “Para eles, política significava combate físico.”

O ex-chairman dos Proud Boys, Henry “Enrique” Tarrio, e quatro outros réus –Ethan Nordean, Joseph Biggs, Zachary Rehl e Dominic Pezzola– são acusados de conspiração sediciosa e outros crimes pelo que os promotores descreveram como um complô para usar violência para atrapalhar a transferência de poder presidencial.

Os promotores disseram que o grupo teve um papel de liderança no ataque de 6 de janeiro, quando milhares de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio para tentar impedir que o Congresso certificasse a vitória do democrata Joe Biden contra Trump.

Cinco pessoas morreram e mais de 140 policiais ficaram feridas.

Mais de 1.000 pessoas foram indiciadas até agora.

(Reportagem de Andrew Goudsward)

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