Os Estados Unidos criticaram nesta quarta-feira (03) a África do Sul por apresentar uma queixa de genocídio contra Israel ao máximo tribunal da ONU, e negaram as acusações contra seu aliado, motivadas pelo conflito em Gaza.

A Corte Internacional de Justiça de Haia irá realizar audiências na próxima semana sobre uma demanda movida pela África do Sul, em que aquele país menciona “atos genocidas” contra o povo de Gaza e busca ordenar que Israel ponha fim à operação militar.

“Não achamos que seja um passo produtivo”, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, sobre a iniciativa sul-africana. “Até este momento, não vimos atos que constituam genocídio”, disse Miller.

“O genocídio é, obviamente, uma crueldade atroz. Essas são acusações que não deveriam ser feitas de forma leviana”, acrescentou o porta-voz.

Israel negou a acusação, chamada de “difamação de sangue”, em referência a antigas conspirações antissemitas, pelo Ministério das Relações Exteriores.

A África do Sul critica com frequência Israel e traçou paralelos com sua própria história de apartheid. Na demanda de Haia, o país alega que Israel age “com a intenção específica requerida de destruir os palestinos de Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico mais amplo dos palestinos”.

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