WASHINGTON, 29 SET (ANSA) – Em meio ao encontro entre Donald Trump e Benjamin Netanyahu, a Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (29) um plano de paz para tentar colocar um ponto final na guerra na Faixa de Gaza.
A proposta apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, que foi aprovada pelo primeiro-ministro de Israel, menciona a criação de uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados e que não representará mais uma ameaça aos seus vizinhos.
O texto ainda cita que Tel Aviv não ocupará ou anexará o enclave e estabelece a libertação dos reféns israelenses e de milhares de palestinos presos. Além disso, a proposta prevê uma força-tarefa para estabilizar o território.
“Gaza será governada sob a administração transitória temporária de um comitê tecnocrático e apolítico, responsável pela gestão cotidiana dos serviços públicos e municípios. Esse comitê será composto por palestinos qualificados e especialistas internacionais, com a supervisão e o controle de um novo órgão de transição que será liderado por Trump, juntamente com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo Tony Blair”, diz o plano do republicano.
“À medida que Gaza se desenvolve e o programa de reformas é fielmente seguido, as condições podem finalmente ser criadas para um caminho confiável para a autodeterminação e a criação de um Estado palestino”, acrescenta a proposta, que impõe ao Hamas até 72 horas para devolver todos os reféns.
Em uma coletiva de imprensa em Washington, Trump declarou que Netanyahu concordou com o plano e garantiu que, caso o movimento islâmico rejeite o texto de paz, os EUA apoiarão os israelenses para “concluir o trabalho de aniquilar a ameaça”.
Durante sua fala, o magnata criticou duramente os países, incluindo os europeus, que “reconheceram a Palestina de forma tola” e chamou Netanyahu de “guerreiro”, mas disse que ele “entende que é hora de acabar com a guerra em Gaza”.
“Hoje, estamos dando um passo decisivo tanto para o fim da guerra em Gaza quanto para a construção da paz em todo o Oriente Médio. Caso o Hamas rejeitar o seu plano, senhor presidente, ou se supostamente aceita-lo e depois fizer de tudo para contrariá-lo, Israel concluirá o trabalho por conta própria”, declarou o premiê.
O vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes da Itália, Matteo Salvini, celebrou o anúncio do plano de paz de Trump e o resultado do encontro entre o americano e Netanyahu.
“Notícias maravilhosas, obrigado, presidente Trump! A paz finalmente parece estar ao nosso alcance. Agora será importante que ninguém provoque ou busque conflitos para minar um acordo precioso”, afirmou o líder do partido Liga. (ANSA).