O Pentágono deslocou recentemente o porta-aviões USS Nimitz no Golfo Pérsico para compensar a retirada das tropas norte-americanas no Afeganistão, informou uma fonte militar no sábado (28), ao negar que esta estratégia se deva às ameaças depois do assassinato de um cientista nuclear iraniano.

“Nenhuma ameaça específica causou o retorno do grupo aéreo-naval Nimitz”, disse a capitã da fragata, Rebecca Rebarich, porta-voz da 5ª Frota que cobre o Oriente Médio.

Assim, a presença do porta-avião não está relacionada com o assassinato, na sexta-feira, de Mohsen Fakhrizadeh, um cientista iraniano de alto nível que trabalhava no setor nuclear, garantiu.

Rebarich confirmou que o “Nimitz retornou a (a área) da 5ª Frota em 25 de novembro”.

O porta-aviões havia cruzado em setembro o Estreito de Ormuz, uma passagem estratégica que o Irã ameaça bloquear constantemente, antes de se dirigir ao Pacífico.

Em um comunicado em separado, o Pentágono vinculou essa mobilização à “redução do número de militares norte-americanos deslocados no Iraque e no Afeganistão”, anunciado em 18 de novembro pelo novo secretário da Defesa interino, Christopher Miller.

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Aproximadamente 2.000 soldados se retirarão do Afeganistão até 15 de janeiro, e outros 500 do Iraque, deixando apenas 2.500 soldados em cada país.

“O Departamento da Defesa norte-americano defenderá a segurança de suas forças, enquanto continuam protegendo os norte-americanos e nossos interesses no estrangeiro”, indicou o Pentágono.

Durante esta transição, “o departamento considerou prudente dispor de suas capacidade de defesa adicionais na região para responder a qualquer eventualidade”, afirmou.


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