Um ataque com drones contra tropas americanas e da coalizão internacional mobilizadas no Iraque foi “frustrado” nesta quarta-feira (18) e os aparelhos “derrubados” sem causar feridos, informou o Pentágono no contexto da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.

“Dois drones foram derrubados. Não houve feridos”, afirmou um responsável do Departamento de Defesa em uma mensagem enviada a jornalistas, sem revelar onde o incidente ocorreu nem identificar os responsáveis.

Nos últimos dias, facções armadas jihadistas próximas ao Irã ameaçaram atacar os interesses americanos no Iraque devido ao apoio de Washington a Israel nos enfrentamentos com o Hamas, que já deixaram milhares de mortos.

Pelas redes sociais, essas facções reivindicaram a responsabilidade de dois ataques separados com drones durante o dia contra duas bases iraquianas que abriga soldados americanos e da coalizão internacional.

O primeiro ataque teria tido como alvo, segundo esses grupos, a base de Ain al Assad, no oeste do Iraque. O segundo teria mirado a de Al Harir, no Curdistão iraquiano (norte).

Em relação a esse último ataque, os serviços antiterroristas do Curdistão iraquiano indicaram que um drone “armado” havia caído na quarta-feira em uma “zona desértica”, sem causar feridos.

No dia anterior, um ataque a um hospital de Gaza deixou centenas de mortos. O Hamas culpou Israel, que, por sua vez, atribuiu a explosão ao lançamento de foguetes da Jihad Islâmica, outro grupo armado palestino, onze dias depois do início da guerra desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel.

Na tarde de terça-feira, facções iraquianas pró-Irã acusaram Israel e os Estados Unidos de terem cometido um “massacre” em Gaza. Uma delas, as Brigadas do Hezbollah, exigiu que os americanos “abandonem” o Iraque. “Do contrário, provarão o fogo do inferno”, advertiram.

Até o ano passado, as bases que abrigavam as tropas da coalizão internacional eram alvo de frequentes ataques com foguetes e drones armados. Desde o verão (norte) de 2022, essas ofensivas cessaram quando o Iraque voltou a ter certa estabilidade.

Em geral, não foram reivindicados e os Estados Unidos os atribuíram a facções pró-Irã.

Cerca de 2.500 soldados americanos e mil militares de outros países-membros da coalizão estão atualmente mobilizados em três bases controladas pelas forças iraquianas.

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