O governo dos Estados Unidos chamou de “escalada” a decisão de Pequim de impor restrições a diplomatas americanos presentes na China, após uma série de medidas adotadas por Washington no início do mês.

Uma fonte do Departamento de Estado afirmou, sob a condição de anonimato, que a decisão de Pequim constitui uma “escalada”, em referência às ações a respeito de seu representante em Hong Kong e “a nova exigência de notificação prévia de reuniões para os cidadãos americanos e seus parentes que trabalham para organizações internacionais na China”.

“Estas exigências de notificação incluem cidadãos americanos sem laços com o governo americanos. Nós não fazemos tal exigência aos cidadãos chineses”, completou.

Pequim não explicou a natureza das restrições contra americanos que foram anunciadas na sexta-feira e afirmou que respondem, “em nome da reciprocidade”, a uma decisão de Washington de limitar a atividade de diplomatas chineses.

Washington impôs recentemente restrições ao corpo diplomático chinês, como a obrigação de solicitar permissão para visitar universidades ou para reuniões com políticos locais.

Todas as decisões têm como pano de fundo a forte deterioração das relações entre China e Estados Unidos, rivais nos setores econômico e tecnológico e que discordam em temas como Hong Kong, direitos humanos ou a crise do coronavírus.