Os Estados Unidos alertaram nesta quinta-feira (31) sobre indícios de “atividades russas” que deram orientação negativa ao debate na opinião pública no Chile, buscando “exacerbar a divisão” durante a onda de protestos contra o governo, que deixou 20 mortos.

“Temos indícios de atividades russas para dar um curso negativo ao debate no Chile”, disse à imprensa um funcionário do Departamento de Estado que pediu para não ser identificado.

O diplomata indicou que há sinais claros de pessoas que estão “aproveitando o debate” para “exacerbar a divisão e fomentar o conflito”, principalmente mediante o uso das redes sociais.

Os protestos que começaram há quase duas semanas contra um alta do preço da passagem de metrô derivaram em um movimento amplo de indignação contra o governo e várias instituições.

No contexto dos protestos, o governo – que em poucos dias revogou o aumento – decretou o estado de emergência e durante vários dias impôs um toque de recolher.

A crise obrigou o presidente chileno, Sebastián Piñera, a anunciar na quarta-feira o cancelamento do encontro de líderes da Apec e da cúpula do clima das Nações Unidas COP25, que seriam realizadas em poucas semanas em Santiago.

A Casa Branca informou nesta quinta-feira que Trump telefonou ao presidente chileno para expressar seu apoio e denunciou “esforços estrangeiros para minar as instituições” no país.