O governo dos Estados Unidos defendeu nesta terça-feira a “liberdade de expressão” de seu embaixador em Berlim, que provocou críticas ao declarar seu “apoio” à direita radical na Europa.

Em entrevista publicada no domingo pelo site de extrema direita Breitbart, o embaixador Richard Grenell, designado por Donald Trump e no cargo desde 8 de maio, revelou que foi contactado por “muitos” conservadores, em toda a Europa, que lhe comunicaram sua sensação de “ressurgimento” deste movimento político.

“Absolutamente quero apoiar os outros conservadores em toda a Europa”.

Após várias críticas no Twitter, o diplomata pareceu retroceder parcialmente, considerando “ridículo” que possa apoiar partidos ou candidatos conservadores nas eleições europeias.

Um membro do governo alemão acusou Grenell de interferir nos assuntos internos e dirigentes de esquerda pediram sua expulsão.

“Os embaixadores tem o direito de expressar sua opinião”, respondeu nesta terça a porta-voz do departamento americano de Estado, Heather Nauert, ao ser consultada sobre as declarações de Grenell, que “representam a Casa Branca”.

“Acredito que o embaixador Grenell apenas assinalou que há partidos e candidatos que estão bem na Europa neste momento, nada mais”, declarou Nauert, reafirmando “a fortaleza” da relação dos Estados Unidos com a Alemanha.