O governo de Joe Biden divulgou, nesta segunda-feira (23), a lista de 31 “centros tecnológicos” que serão criados nos Estados Unidos, como parte dos planos de investimento que o presidente está promovendo no âmbito de sua candidatura à reeleição no próximo ano.

A secretária americana do Comércio, Gina Raimondo, disse que estes centros vão “criar bons empregos” e “melhorar nossa segurança nacional e também nossa segurança econômica”.

“Esses investimentos em inovação (…) apoiarão nossa capacidade de competir e, francamente, de superar o resto do mundo”, acrescentou, em entrevista coletiva.

Selecionados entre 400 inscrições, os 31 centros poderão solicitar bolsas de até US$ 75 milhões (R$ 378,7 milhões na cotação do dia). Foram criados no marco da Lei dos Chips e da Ciência, aprovada no ano passado e que destina US$ 52 bilhões (R$ 262,6 bilhões na cotação do dia) em subsídios para apoiar a produção de semicondutores no país.

Esses componentes cruciais para muitas indústrias (automotiva, eletrônica, defesa etc.) são produzidos, principalmente, na Ásia, e o governo americano transformou em prioridade alavancar a produção interna.

Vários centros tecnológicos serão dedicados aos semicondutores, como o chamado “Texoma Semiconductor Tech Hub”, no Texas e Oklahoma.

“Perdemos nossa liderança na fabricação desses componentes, e investir em pesquisa e desenvolvimento nas primeiras etapas nos permitirá recuperar nossa liderança e nos manter na vanguarda”, disse Raimondo.

Localizados em cerca de 30 estados, do Oregon à Flórida, os centros de tecnologia também vão-se especializar em transição energética, biotecnologias e em computação quântica.

“Lugares como San Francisco, sul da Califórnia e Boston são centros tecnológicos, de fato, que impulsionam grande parte da nossa inovação e prosperidade”, disse a secretária.

“Mas eles não refletem todo o potencial do nosso país”, frisou.

“Os Estados Unidos têm muito mais a oferecer (…) O Vale do Silício e os demais não têm o monopólio das grandes ideias”, completou.

Para sua campanha à reeleição de 2024, Biden vem promovendo seus planos de investimento, os “Bidenomics”, que, segundo ele, deverão permitir “restaurar o sonho americano”.

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